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sábado, 3 de setembro de 2011

Comitê em Defesa das Florestas organiza grupo no Distrito Federal

Entidades locais, contra as mudanças propostas no Código Florestal, elegeram a coordenação do comitê DF


No último sábado (3), o Comitê DF em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável realizou sua primeira reunião com a presença de representantes do MST, CNBB, OAB/DF, CUT/DF, Sinpro/DF, ONGs ambientalistas, bem como lideranças comunitárias e estudantis de Brasília. A meta é recolher 1 milhão de assinaturas a favor da proteção das florestas e contra as mudanças no substitutivo do Código Florestal, que tramita no Senado Federal.

Durante o evento, que ocorreu no auditório do Sindsep, foram escolhidos os membros que integrarão a coordenação do movimento em Brasília, que será responsável pela organização dos grupos de ação.

Na oportunidade, André Lima, especialista em Direito Ambiental e integrante da fundação SOS Mata Atlântica, falou sobre as implicações, no Distrito Federal, caso seja aprovada a proposta ruralista no código.

Segundo ele, o PLC 30/2011 dá autonomia demais aos governadores e estimula novos desmatamentos, fazendo com que loteamentos irregulares em Brasília, por exemplo, possam ser legalizados com um simples decreto. Além disso, André destacou que o novo projeto não obriga quem desmata a replantar a área desflorestada na mesma localidade. Assim, uma pessoa que tenha derrubado árvores de uma área de preservação ambiental no DF pode reparar o prejuízo em outro estado. “Essa lei é imoral, inconstitucional, e nós não podemos admitir que isso aconteça em pleno século XXI”, enfatizou o advogado.

Pedro Ivo Batista, da Associação Alternativa Terra Azul e integrante da coordenação nacional, falou sobre a agenda do movimento. Ele adiantou que no dia 19/9 o comitê realizará um seminário em defesa das florestas no Senado. Já no dia 21, Dia da Árvore, haverá uma mobilização nacional no mesmo sentido. Segundo Pedro Ivo, 113 entidades já fazem parte do comitê, que é um espaço de convergência dos movimentos sociais. “O comitê é um esforço de unir entidades divergentes para lutarem pela mesma causa. Este tipo de organização só aconteceu no Brasil na campanha das Diretas Já e no movimento Ficha Limpa”, reforçou Batista.

Está na hora de a população se organizar em prol do meio ambiente e aderir à manifestação nas redes sociais #florestafazadiferenca e nas ruas. Mais detalhes no site http://www.florestafazadiferenca.org.br.


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