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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pesquisador defende modernização da agricultura para preservar meio ambiente

COMISSÕES / CÓDIGO FLORESTAL
27/09/2011 - 09h26

O avanço da agricultura brasileira requer políticas para ampliar o uso de inovações científicas e tecnológica pelos agricultores, especialmente os pequenos, na opinião de Elíbio Rech Filho, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Ele participa de audiência conjunta das comissões de Meio Ambiente (CMA), de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA) sobre a reforma do Código Florestal.

- Devemos intensificar os processos já existentes, uma vez que a intensificação sustentável de produção de alimentos é o maior desafio deste século - frisou o cientista.

Ele lembra que o Brasil ocupa um dos primeiros lugares na exportação de alimentos, como soja, carne bovina e biocombustível. Em contraponto a esse sucesso econômico, disse, houve aumento de pressão sobre o meio ambiente, o que resultou em erosão do solo, contaminação dos rios e perda da biodoversidade.

Para ele, a reforma do Código Florestal é uma oportunidade para prever medidas que promovam o crescimento da produção de alimentos a partir de processos sustentáveis, em harmonia com o meio ambiente. Ele considera que se for dado aos pequenos produtores acesso a terra, à mecanização, a boas sementes, adubo e água, eles produzirão três a quatro vezes o que produzem hoje, podendo manter áreas de reserva legal em suas propriedades.
Conforme observou, a agricultura do futuro deve combinar o uso de uma gama de tecnologias capazes de promover o aumento da produtividade agrícola sem comprometer os recursos naturais. É a chamada agricultura de baixo carbono, que promove a utilização de práticas como o plantio direto, integração lavoura-pecuária, fixação biológica de nutrientes, entre outros.

O texto do código Florestal volta a ser discutido hoje pelo Senado.


Aspectos técnicos do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/11, que muda as regras ambientais do país, serão debatidos em audiência conjunta das comissões de Meio Ambiente (CMA), de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA).  A reunião será nesta terça-feira (27), às 8h30.

Foram convidados para a audiência pública Elíbio Leopoldo Rech Filho, membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - Recursos Genéticos e Biotecnologia; e Ricardo Ribeiro Rodrigues, professor doutor da Universidade de São Paulo.
Os requerimentos para a realização da audiência foram apresentados pelos presidentes das três comissões: senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), da CMA; senador Eduardo Braga (PMDB-AM), da CCT; e senador Acir Gurgacz (PDT-RO), da CRA.


Fonte: Agência Senado

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Diretamente do facebook


Brasília que o diga! depois que o entorno cresceu desordenadamente, invadindo inclusive nascentes, o clima daqui piorou horrores! muito mais seco e prolongado do que quando tinha mais cerrado por aqui. brevemente faltara agua, ai eu quero ver todo mundo reclamando. águas lindas já está no caos....

‎#florestafazadiferenca - Rodrigo Santoro
De: 

OAB/DF abre debate sobre o Código Florestal

Nesta segunda-feira (26), a Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Distrito Federal (OAB-DF), às 19h, recebe em seu auditório como debatedores, o  senador  Jorge Vianna, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente da Comissão de Meio Ambiente no Senado, Rodrigo Rollemberg e o advogado e membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/DF, André Lima.

O objetivo é falar sobre questões que possam trazer maior impacto para o Distrito Federal, desde os aspectos hídricos do cerrado até questões urbanísticas da cidade planejada. Segundo o presidente da Comissão de Direito Ambiental, Getúlio Humberto de Sá, a OAB não poderia deixar de contribuir com os debates. “A OAB/DF tem tido notória participação em questões relevantes da sociedade. O debate em torno do Código Florestal, além de ser uma questão que afeta o meio ambiente, é inquestionavelmente uma questão de cidadania e de direitos humanos”.

As inscrições podem ser feitas pela internet no site da OAB/DF e a contribuição (não obrigatória) é um par tênis (novo ou usado) a ser entregue na recepção do evento. Todos os tênis arrecadados serão doados a atletas carentes.

Participe deste movimento cidadão aderindo ao abaixo-assinado e participando das discussões.

domingo, 25 de setembro de 2011

Situação preocupante no DF


 por Míriam Leitão - 
25.09.2011
 | 
09h00m
COLUNA NO GLOBO

Futuro ameaçado

“Dizem que vai chover neste fim de semana”, me diz, esperançoso, o motorista da Globo em Brasília. Quem vem à capital sempre, como eu faço há três décadas, percebe que as secas têm piorado. O ar em Brasília esteve irrespirável nesta estação em que no centésimo dia sem chuva nasceu minha neta Manuela. Os governantes não têm ideia de que é preciso mitigar os efeitos do clima.
Os governantes que administram a capital concretada no Planalto Central, e que dirigem o país de tão abundante biodiversidade, não parecem ter muita noção das necessidades impostas nestes tempos de mudança climática. Um estudo do Imazon e do Proforest, comparando vários países, dá uma noção de como o debate no Brasil se passa como se fosse travado por alienistas.
O Brasil quer mais facilidade para desmatar, quando inúmeros países que já desmataram estão reconstruindo cobertura florestal. A capital sofre rigores da seca, que fica pior a cada ano, e nunca pensou que pode tomar medidas de mitigação para o futuro que será de piores extremos.
Quando a umidade do ar este ano chegou a 10%, senti aqui o que só havia sentido no deserto da Arábia Saudita. A mãe da presidente chegou a ser internada; a filha de cinco anos de uma ministra sangrava pelo nariz todas as noites. Quem chega de fora sente que tem piorado muito. Puxa-se o ar e é como se ele tivesse dificuldade de entrar nos pulmões, a mucosa nasal fica irritada, a coriza aumenta como numa crise alérgica, a garganta queima, a pele coça, o corpo pesa.
Tudo isso é tratado com naturalidade. E não é normal. Brasília sempre teve invernos secos com calor de dia e frio à noite. O fogo começa em algum lugar, de repente. Uma das queimadas que vi jogou para o ar material particulado que me provocou uma forte reação alérgica. Tudo tem ficado pior a cada ano e a cidade está mergulhada em discussões que parecem bizarras para quem chega de fora e tem noção do contexto.
Os governantes querem autorizar um estacionamento numa área de preservação perto do aeroporto, querem um shopping sobre nascentes que alimentam o Parque Olhos D’Água, na Asa Norte, e a Floresta Nacional vai minguando por ocupações e incêndios. Há uma guerra de pareceres sobre se a água que surge no parque é nascente ou de origem fluvial. É água numa terra calcinada, é isso que importa. Uma foto exibida na sexta-feira no Bom Dia DF mostra como partes do parque que tinham nascentes foram cimentadas para construções. O governo não se dá conta de que é preciso urgente adotar medidas de mitigação para enfrentar secas mais secas e mais longas. É preciso mais cobertura vegetal em Brasília e não mais concreto.
O Brasil inteiro trabalha na direção contrária à lógica e ao bom senso. Este ano o desmatamento está aumentando. No mínimo, o governo deveria se preocupar com a imagem externa, afinal o Brasil está na vitrine por hospedar no ano que vem a Rio+20.
O debate do Código Florestal ressuscita argumentos do século passado sobre as florestas como impedimento ao progresso. Santa Catarina passou por duas enchentes terríveis, a Região Serrana do Rio soterrou moradores, o caudaloso Rio Negro na Amazônia vive mais uma seca recorde que o transformou num fio d’água. E mesmo assim, o Brasil quer menos áreas de preservação permanente (APP).
Brasília e Brasil têm o mesmo comportamento alienado. É como se as mudanças climáticas não estivessem em nossos calcanhares, ameaçando o futuro dos brasileiros que nascem hoje. Minha primeira neta, Mariana, aos 5 anos, tem mais consciência ambiental do que a maioria dos senadores que está hoje discutindo o Código Florestal. Ela é que alerta os pais e avós sobre separação de lixo e detesta histórias em que os bichos morrem. O futuro não nos pertence — é das crianças — mas sobre ele tomamos decisões perigosas e insensatas.
O estudo do Imazon e Proforest nasceu de uma dúvida que surgiu numa reunião do Greenpeace. Será mesmo verdade que o Código Florestal, com as restrições que querem flexibilizar, só existe no Brasil, como a jabuticaba? Quando os ruralistas dizem que um código assim só existe no país querem facilidade para desmatar, perdão para quem desmatou. Quando os ambientalistas estufam o peito e dizem que uma legislação boa assim é criação brasileira se enfraquecem sem saber. O estudo compara legislações do mundo e conclui que o desafio em todos os países é proteger e aumentar coberturas florestais. Estamos na contramão da História.
O estudo foi feito por Ruth Nussbaum, do Proforest, afiliado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, e Adalberto Veríssimo, do Imazon. Mostra que quase todos os países seguiram a mesma trilha: aumentaram o desmatamento no começo do século XX, depois estabilizaram e, em seguida, iniciaram programas de reconstrução das coberturas florestais. O Brasil ainda permanece preso à primeira fase e nos últimos anos tudo o que teve para comemorar foi queda do ritmo da destruição. Este ano nem isso poderá comemorar porque o desmatamento aumentou.
O estudo, que será divulgado no começo de outubro, traz estatísticas e constatações. A primeira é que as leis nos países analisados — Estados Unidos, Inglaterra, China, Holanda, Alemanha, entre outros — favorecem o aumento da cobertura e não o contrário; a segunda é que o desmatamento zero é possível; a terceira é que floresta é riqueza e não obstáculo.
O cerrado que queima no coração do Brasil, a Amazônia que tomba ao ritmo de 10 mil km2 por ano, os últimos fragmentos da frágil Mata Atlântica precisam que o Brasil veja o futuro que se aproxima.

sábado, 24 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A reforma do Código Florestal continua e o movimento pelas assinaturas cresce

23 Setembro 2011


Apesar da aprovação, na quarta-feira (21), pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, do relatório do projeto de lei (PLC 30/2011), de autoria do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), que promove mudanças no Código Florestal brasileiro, esta foi uma apenas uma etapa e o debate não terminou. Foram quatro horas de discussão entre os senadores, houve divergência e as dúvidas no conteúdo serão avaliadas nas próximas comissões de Agricultura, Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. Muitos avaliam como negativa a decisão, outros não perdem a esperança de que há chances de avançar o debate.

Enquanto isso, confiante, a sociedade não para de se articular e mobilizar esforços para se fazer representar verdadeiramente de forma cidadã. Uma das ações foi a “1ª Maratona de Esclarecimentos sobre as mudanças no Código Florestal”, promovida pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, com a vigília pelas florestas transmitida via streaming no sitewww.florestafazadiferenca.org.br.

A transmissão, ao vivo, 72 horas seguidas, mobilizou pessoas em todo o Brasil e entidades de variados segmentos sociais participaram. Na internet, 24 milhões de usuários do Twitter acompanharam o movimento e se uniram pela hashtag #florestafazadiferença, mostrando o já conhecido poder das redes sociais.

Na quarta-feira, também Dia da Árvore, houve um ato público na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) selando o apoio da igreja contra as mudanças no Código Florestal e o lançamento oficial do abaixo-assinado (veja aqui a versão online), cuja adesão tem aumentado na medida em que a população tem se conscientizado e compreendido os malefícios que as reformas na lei florestal podem causar a si mesma, às cidades e às reservas naturais.

Nesse sentido, outros eventos estão ocorrendo presencialmente em vários estados,  como hoje na Avenida Paulista, em São Paulo, a coleta de assinaturas e, em Brasília, a reunião de estudantes no campus da Universidade de Brasília (UnB), cujo comitê universitário já enviou carta-aberta ao senador Jorge Vianna (PT-AC).

Programe-se e participe 

Na agenda, haverá, nesta sexta-feira (23), o Painel Justiça Climática, na Igreja Anglicana (IEAB), localizada na 309 sul em Brasília, com a participação da ex-senadora Marina Silva, que, preocupada com a intenção de acelerar a votação do Código para finalizá-la em outubro, disse que não houve disposição de acolher as contribuições da sociedade. Segundo Marina, o texto aprovado no Senado está tão ruim quanto o aprovado na Câmara.

No fim de semana, na capital federal, membros do Comitê DF em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável promovem, nodomingo (25), os abaixo-assinados em uma bicicletada (pelo dia mundial sem carro), a partir das 8h30min na Praça do Museu da República. E, na 213 norte, haverá o Abraço no Parque Olhos D´Agua, às 10h, em prol da proteção das nascentes entre outros.

Na segunda-feira (26), a Ordem dos Advogados do Brasil Seção do Distrito Federal (OAB-DF), às 19h, recebe em seu auditório como debatedores, o  senador  Jorge Vianna, a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente da Comissão de Meio Ambiente no Senado, Rodrigo Rollemberg e o advogado e membro da Comissão de Direito Ambiental da OAB/DF, André Lima.

O objetivo é falar sobre questões que possam trazer maior impacto para o Distrito Federal, desde os aspectos hídricos do cerrado até questões urbanísticas da cidade planejada. Segundo o presidente da Comissão de Direito Ambiental, Getúlio Humberto de Sá, a OAB não poderia deixar de contribuir com os debates. “A OAB/DF tem tido notória participação em questões relevantes da sociedade. O debate em torno do Código Florestal, além de ser uma questão que afeta o meio ambiente, é inquestionavelmente uma questão de cidadania e de direitos humanos”.

As inscrições podem ser feitas pela internet no site da OAB/DF e a contribuição é um par tênis (novo ou usado) a ser entregue na recepção do evento. Todos os tênis arrecadados serão doados a atletas carentes.

Participe deste movimento cidadão aderindo ao abaixo-assinado e participando das discussões.



Fonte: WWF-Brasil

Produtores brasileiros combinam agropecuária com preservação ambiental


por Jaime Ortega Carrascal.
Sorriso (Brasil), 23 set (EFE).- Produzir alimentos em grande escala e ao mesmo tempo preservar ou recuperar parte da vegetação nativa destruída há anos pelo avanço da fronteira agrícola é o objetivo de alguns produtores rurais brasileiros decididos a reduzir a zero seus passivos ambientais.
Um desses modelos de gestão pode ser observado em Sorriso, um próspero município de 66,5 mil habitantes fundado há apenas 25 anos no centro do estado do Mato Grosso por descendentes de italianos e alemães vindos do sul do Brasil e onde alguns combinam a excelência agropecuária com o respeito ao meio ambiente. Leia mais aqui...

Vigília virtual pelas florestas reúne 40 milhões de pessoas

Fonte: Estado de São Paulo
23 de setembro de 2011 | 3h 04

A vigília em repúdio ao projeto de novo Código Florestal reuniu mais de 60 especialistas e jornalistas em três dias de transmissão ao vivo pela internet. De acordo com os organizadores, mais de 40 milhões de pessoas usaram a hashtag #florestafazadiferença para tuitar ou retuitar conteúdo veiculado durante as 72 horas de transmissão ininterrupta de informações sobre o assunto.
Artistas e celebridades também apoiaram a iniciativa, promovida pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. "Há muito tempo falamos em preservar as nossas florestas; a hora é agora", afirmou o ator Rodrigo Santoro. O diretor Fernando Meirelles também apoiou a campanha, assim como Marcos Palmeira, Regina Casé, Fernanda Torres, Marisa Monte e Mônica Torres.
Na quarta-feira, o projeto de lei que altera o Código passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e foi aprovado. "O aspecto positivo é que os senadores estão dispostos a discutir, diferentemente do que aconteceu na Câmara. Eles estudaram e entenderam a importância da matéria, mas infelizmente não transformaram essa compreensão em ações para alterar o relatório", resumiu Bazileu Margarido, do Instituto Democracia e Sustentabilidade.
O PL deve passar ainda pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Agricultura e Meio Ambiente da casa.
Margarido diz não saber se a vigília repercutiu junto aos senadores, mas crê que ela foi útil para instruir a população. "O sucesso da vigília mostrou que a sociedade está atenta e que o tema é relevante para a população."

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Entenda a polêmica do Código Florestal

Fonte: Estadão




O Código Florestal foi criado em 1965 e tem como objetivo regulamentar a exploração da terra no Brasil. Sua elaboração durou mais de dois anos e foi feita por uma equipe de técnicos. O texto estabelece parâmetros e limites para preservar a vegetação nativa e determina o tipo de compensação que deve ser feito por setores que usem matérias-primas, como reflorestamento, assim como as penas para responsáveis por desmate e outros crimes ambientais relacionado. Leia mais....

Mobilização contra Código Florestal reúne 24 milhões de usuários no Twitter



Plantão
 | Publicada em 21/09/2011 às 15h30m
Fonte: O Globo (opais@oglobo.com.br)
    SÃO PAULO - Com pedidos para que os senadores não assinem a proposta de mudança no Código Florestal na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, 24 milhões de usuários do Twitter mobilizaram-se por meio da hashtag #florestafazadiferença. A mobilização faz parte da 1ª Maratona de esclarecimento sobre as mudanças no Código Florestal, em apoio a semana de mobilização nacional promovida pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável. Com transmissão via streaming, a vigília pelas florestas traz uma maratona de transmissão ao vivo, 24 horas por dia, durante 3 dias, para esclarecer a população sobre as alterações no Código Florestal.

    Dia da Árvore: CNBB alerta para mudanças no Código Florestal

    21 Setembro 2011  |  


    O Dia da Árvore, no Brasil, coincide com a chegada da primavera no hemisfério sul, cuja estação representa a recuperação da vida que estava adormecida no inverno. Comemorado todo 21 de setembro, o dia marca um novo ciclo para o meio ambiente e simboliza um momento para reforçar os apelos quanto à conscientização da importância dos recursos naturais e, especialmente, das florestas.

    Na quarta-feira (21), vários estados do país se mobilizaram em torno dessa comemoração e participaram do movimento “Vigília permanente pelo Código Florestal” [http://www.florestafazadiferenca.org.br], coordenado pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável.

    Em Brasília, o destaque foi o ato público promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que, em sua sede, reuniu bispos, padres e religiosos integrantes do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep) para apoio e ampliação do debate.

    Ética e responsabilidade social


    Durante a solenidade, o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, alertou sobre a ética que envolve a causa florestal, reforçando a importância de adesão da população e das instituições dos diversos segmentos. “Não se trata apenas de discutir aspectos legais, científicos, econômicos ou ambientais. O Código Florestal deve incluir a ética e a justiça social. Devemos inserir na pauta a dignidade da pessoa humana e das futuras gerações. Não podemos destruir a natureza e a CNBB está comprometida com essa causa”, afirmou dom Damasceno.

    Por sua vez, o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, bispo auxiliar da arquidiocese de Brasília, destacou a importância de se propiciar uma vida harmônica à sociedade. “É essencial discutir os cuidados com o meio ambiente para que tenhamos um equilíbrio nessa convivência das pessoas com a natureza. Queremos participar ativamente das discussões que envolvem o Código Florestal para tentarmos evitar injustiças”.

    De acordo com os organizadores, o ato foi para chamar à atenção da sociedade brasileira no sentido de que as pessoas se organizem para proteger as florestas e trate de forma privilegiada a agricultura familiar. “Nesta data tão significativa, lutamos para que o Código Florestal garanta efetivamente a conservação e uso sustentável das florestas em todos os biomas brasileiros, tratando de forma diferenciada e digna os agricultores familiares e as populações tradicionais, combatendo, também, a cultura de impunidade", analisou Pedro Ivo, membro do Comitê Brasil e completou: “É fundamental o apoio da CNBB ao Código Florestal, pois fortalece o movimento, tal como fez na época das Diretas Já e do Ficha Limpa”.

    Pedro Gontijo, secretário-executivo da Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB (CBJP/CNBB), explicou ainda que as reuniões da secretaria operativa do Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, responsável pela articulação das entidades membros, são realizadas semanalmente nas instalações físicas da CBJP, que também concentra o recolhimento dos abaixo-assinados em Brasília. “Estamos contentes com o ato público de hoje. É uma oportunidade de aumentar a conscientização com a igreja difundindo o assunto Brasil afora”.

    Igreja e a representação da sociedade ampliada

    O comprometimento da CNBB com o Código Florestal foi muito bem recebido e elogiado. “A entidade tem o perfil de ser relevante nas posições que assume”, enfatizou o ex-ministro do Meio Ambiente e presidente da Fundação Pró-Natureza (Funatura), Henrique Brandão Cavalcanti.

    O ato público na CNBB reforça e amplia o apoio que os segmentos sociais vêm dando quanto à necessidade de se fazer um Código Florestal comprometido com o desenvolvimento sustentável. “Essa iniciativa da CNBB é também fundamental para que a sociedade seja finalmente ouvida em sua amplitude. Até agora não há consenso entre os diversos setores sobre o uso das florestas, biodiversidade etc. Então, a entrada da igreja no debate do Código Florestal contribui para trazer essas vozes e visões das populações dos mais diferentes lugares do Brasil. A sociedade ainda não foi ouvida como deveria. Há um falso dilema sobre desenvolvimento versus preservação. Temos que entender que o meio ambiente não é obstáculo para nada, pois há a opção do desenvolvimento sustentável, que conserva os recursos naturais, viabiliza o pagamento pelos serviços ambientais e abre acesso aos mercados consumidores bem mais atentos à origem dos produtos, sua forma de fabricação, manejo responsável entre outros”, analisou o superintendente de conservação do WWF-Brasil, Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza.

    O diretor da campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário, salientou que a nação precisa mobilizar o Congresso Nacional para se fazer representar. “O Brasil precisa acordar para defender o patrimônio que é brasileiro. Os desejos da população precisam ser efetivamente representados. Ao contrario do que aconteceu na Câmara dos Deputados, o Senado Federal tem que ouvir a maioria que deseja preservar. Agora, a igreja com certeza ajudará nessa união.”

    Além dos integrantes da CNBB, participaram do evento entidades ambientalistas, movimentos sociais e universitários, representantes da OAB/DF e público em geral. Ao final do encontro, ao som do violão entoando a música “Cio da Terra”, foi plantada uma muda de ipê branco, árvore nativa do cerrado, simbolizando a esperança do povo por uma lei florestal justa e sustentável.

    “Escolhemos essa planta como símbolo da vida e da paz. O ipê resiste à seca e nela floresce. É uma árvore teimosa que fica ainda mais bela na adversidade. Assim será com o Código Florestal, que passará por este momento difícil. Temos fé que conseguiremos vencer”, finalizou dom Leonardo





    Fonte: WWF-Brasil

    quinta-feira, 15 de setembro de 2011

    Seminário, no DF, explica efeitos da reforma do Código Florestal em nossas vidas

      
    Nesse sábado (17), das 14h às 16h, o Salão Paroquial da Catedral da Igreja Anglicana (309/310 sul) receberá os membros do Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável do Distrito Federal para um seminário formativo, aberto, também, ao público em geral.

    Na oportunidade, o advogado ambientalista e membro do Instituto Socioambiental (ISA), Raul Telles, e o engenheiro florestal e dirigente do Movimento dos Sem-Terra (MST), Luís Zarref, esclarecerão sobre os efeitos negativos do PLC 30/2011 (Código Florestal) em nossas vidas e os impactos ambientais.

    O comitê DF foi constituído no dia 3 deste mês e seu principal objetivo é ajudar na coleta de assinaturas contra a reforma do Código Florestal, em curso no Senado Federal. Participam desse processo mais de 70 entidades que escolheram 19 membros para coordenação distrital. São eles: CA de Engenharia Florestal - UNB, CA de Gestão Ambiental da Católica, CA Agroecológia do IFB, Rede Juventude pelo Meio Ambiente (Rejuma-DF), Movimento Ambientalista do Guará, Sapeg, Fetraf, Fundação Esquel, Associação Alternativa Terrazul, CUT-DF, UGT-DF, Conselho da Asa Sul, Sindicato dos Condomínios, SOS Clima Terra, Arquidiocese do DF, Prefeitura da 708 Norte, Federação das Entidades do DF, Campanha Estadual Contra os Agrotóxicos, Movimento Planeta Verde, Movimento Sempre Viva e Fórum de Ongs Ambientalistas do DF.

    Participe pegando seu abaixo-assinado no site www.florestafazadiferenca.org.br para coletar assinaturas em sua comunidade e divulgue a petição online. Faça você também a diferença.


    quarta-feira, 14 de setembro de 2011

    Estudantes questionam autoridades sobre defesa do meio ambiente

    Comitê Universitário em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável do DF encaminha carta-aberta

    A manhã desta quarta-feira (14) foi tumultuada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. Teve bate-boca entre senadores, protesto dos membros da ONG Cerrado Vivo e muita argumentação jurídica em torno das mudanças no Código Florestal. A discussão sobre a legalidade das propostas de alterações envolveu juristas, Ministério Público e especialistas, reforçando que o PLC 30/2011 fere a Constituição Federal, anistia desmatadores irregulares, favorece desmatamento, cria instabilidade jurídica na federação, induz concorrências predatórias entre os estados e, pior, retrocede em relação aos compromissos internacionais firmados pelo Brasil entre outros detalhes.
    Diante desse cenário obscuro, os membros do Comitê Universitário em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável do Distrito Federal encaminharam carta-aberta ao senador Jorge Viana (PT/AC) e à ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira perguntando sobre as razões que levaram ambos a elogiar o relatório do senador Luiz Henrique (PMDB/SC) sobre o Código Florestal.
    “Queremos saber como representantes dos setores que deveriam lutar pela aprovação de leis aplicáveis, coesas e não-contraditórias, podem defender alterações que tornem o projeto do Novo Código Florestal ainda mais controverso, cheio de brechas jurídicas e de pegadinhas”, diz a carta que também se refere a Chico Mendes, Dorothy Stang, Zé Castanha, Maria do Espírito Santo  que morreram defendendo as florestas brasileiras.
    O documento é assinado por dez centros acadêmicos da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade Católica de Brasília (UCB) e questiona “como, ao mesmo tempo em que se dizem defensor e defensora do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável, podem elogiar um relatório que beneficia e incentiva aquelas e aqueles que praticaram o desmatamento ilegal”. Leia aqui a íntegra da carta.

    Com informações do Instituto Socioambiental

    sábado, 3 de setembro de 2011

    Comitê em Defesa das Florestas organiza grupo no Distrito Federal

    Entidades locais, contra as mudanças propostas no Código Florestal, elegeram a coordenação do comitê DF


    No último sábado (3), o Comitê DF em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável realizou sua primeira reunião com a presença de representantes do MST, CNBB, OAB/DF, CUT/DF, Sinpro/DF, ONGs ambientalistas, bem como lideranças comunitárias e estudantis de Brasília. A meta é recolher 1 milhão de assinaturas a favor da proteção das florestas e contra as mudanças no substitutivo do Código Florestal, que tramita no Senado Federal.

    Durante o evento, que ocorreu no auditório do Sindsep, foram escolhidos os membros que integrarão a coordenação do movimento em Brasília, que será responsável pela organização dos grupos de ação.

    Na oportunidade, André Lima, especialista em Direito Ambiental e integrante da fundação SOS Mata Atlântica, falou sobre as implicações, no Distrito Federal, caso seja aprovada a proposta ruralista no código.

    Segundo ele, o PLC 30/2011 dá autonomia demais aos governadores e estimula novos desmatamentos, fazendo com que loteamentos irregulares em Brasília, por exemplo, possam ser legalizados com um simples decreto. Além disso, André destacou que o novo projeto não obriga quem desmata a replantar a área desflorestada na mesma localidade. Assim, uma pessoa que tenha derrubado árvores de uma área de preservação ambiental no DF pode reparar o prejuízo em outro estado. “Essa lei é imoral, inconstitucional, e nós não podemos admitir que isso aconteça em pleno século XXI”, enfatizou o advogado.

    Pedro Ivo Batista, da Associação Alternativa Terra Azul e integrante da coordenação nacional, falou sobre a agenda do movimento. Ele adiantou que no dia 19/9 o comitê realizará um seminário em defesa das florestas no Senado. Já no dia 21, Dia da Árvore, haverá uma mobilização nacional no mesmo sentido. Segundo Pedro Ivo, 113 entidades já fazem parte do comitê, que é um espaço de convergência dos movimentos sociais. “O comitê é um esforço de unir entidades divergentes para lutarem pela mesma causa. Este tipo de organização só aconteceu no Brasil na campanha das Diretas Já e no movimento Ficha Limpa”, reforçou Batista.

    Está na hora de a população se organizar em prol do meio ambiente e aderir à manifestação nas redes sociais #florestafazadiferenca e nas ruas. Mais detalhes no site http://www.florestafazadiferenca.org.br.


    sexta-feira, 2 de setembro de 2011

    Sociedade unida pelas florestas brasileiras

    O desafio de manter as Áreas de Proteção Permanente (APPs) no Código Florestal mobiliza o Distrito Federal

    No próximo dia 3/9 (sábado), às 14h, ocorrerá a fundação do “Comitê DF em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável”. Entidades e movimentos sociais se reunirão no auditório do Sindsep (SBS QD 01, Bloco K, Edifício Seguradoras 17o. andar) para mobilizar, debater e esclarecer sobre as mudanças que alguns grupos querem implantar no Código Florestal brasileiro.
    Contrária às alterações propostas pelo PLC 30/2011, que ameaça a biodiversidade, elimina reservas legais, anistia desmatadores e compromete a liderança brasileira diante da comunidade internacional, dentre outros prejuízos, a sociedade organizada elaborou também um manifesto nacional  em defesa das florestas.

    Segundo Pedro Piccolo, da Fundação Grupo Esquel Brasil, é importante que toda a população se organize neste momento crucial de ameaça à biodiversidade e participe do evento. “Além do lançamento do Comitê DF, haverá a oportunidade de nos mobilizarmos para o ato nacional que ocorrerá em 21/09. Queremos ouvir sugestões e recolher mais assinaturas no Manifesto em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável”, enfatiza Piccolo.

    Para aderir à mobilização e saber mais sobre o manifesto nacional acesse o portal http://www.florestafazadiferenca.com.br/manifesto/ ou ligue (61) 8539.4002 e 8103.2211
    O meio ambiente saudável e equilibrado é um direito da coletividade. É hora de o Brasil atualizar sua visão de desenvolvimento, incorporando a atitude e a visão sustentável em todas as suas dimensões. Participe deste debate!

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